segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Natália Falavigna diz que apoio da CBTKD foi fundamental na sua recuperação!


A vencedora da primeira medalha olímpica para o Taekwondo brasileiro, Natália Falavigna, falou, em entrevista, sobre suas expectativas para o ano que vem, quando participar nas Olimpíadas de Londres. Achando cedo para falar em medalhas, a atleta se compromete a trabalhar muito nestes meses que ainda faltam para a competição e a dar o seu melhor. Natália Falavigna também comentou a recente renovação da Seleção e ainda falou de todo o apoio que tem vindo a receber da Confederação Brasileira de Taekwondo, dizendo que foi fundamental para a sua recuperação.


CBTKD: Quando vai começar sua preparação para as Olimpíadas?  
Natália: Em janeiro. Na verdade eu não paro neste final de ano, mas diminuo a carga de treino e faço mais atividades físicas como musculação e outras de que também gosto, como nadar ou correr. Mantenho o meu corpo ativo, mas não com Taekwondo. Logo no início de janeiro começo minha preparação para a Olimpíada.

CBTKD: Na sua opinião, qual foi o fator mais importante para você ter ganho a Seletiva, em Queretaro?
Natália: Eu acho que o treino e dedicação. Eu tive o apoio do presidente Carlos Fernandes durante o período em que fazia a minha recuperação e que estava classificada para as competições. Ele acreditou e me deu muita força. Sabia que eu tinha tranquilidade para trabalhar e tive esse suporte. Aí fiz o meu papel e treinei. Optei por treinar fora do país, por ser algo desafiador e motivante, porque eu vinha de dois anos sem competir. Passei os jogos Panamericanos, não ganhei, mas continuei trabalhando e acho que foi isso. Com a vontade de estar na Seletiva, eu me dediquei muito, trabalhei muito para aquele momento, passei dois anos lutando contra as lesões. A Seletiva era a minha chance de mostrar o potencial que eu tenho. Ainda tenho muita coisa para conquistar e para melhorar. Eu acho que o que me permitiu ganhar a Seletiva foi um conjunto de fatores e não a Natália isolada. Foi a Natália, foi quem faz a preparação física, quem faz o meu treino, os meus treinadores, o apoio do presidente Carlos Fernandes. Há várias pessoas que fazem parte desse contexto vitorioso.

CBTKD: E de que forma a CBTKD te vem apoiando?
Natália: Fora as questões financeiras, que não são nem as mais importantes, foram as várias conversas que eu tive com o presidente, em que ele deixou bem claro que ele acreditava no meu trabalho, que eu ia ser testada e que eu iria ter uma nova chance. Ele sempre me disse que eu iria ter potencial para ir lá e agarrar aquela chance. Naquele momento, vindo de lesão, voltando e construindo toda essa confiança de novo, o fato de ele ter acreditado e confiado no meu trabalho e deixado isso muito claro e muito aberto foi uma coisa muito boa que me deixou muito tranquila. Depois dos Jogos Pan-americanos, ele continuou com a mesma postura e com a mesma seriedade e eu trabalhei. Nesse ponto, a CBTKD deu o maior apoio e isso foi o mais significante para mim.

CBTKD: O que achou sobre a renovação da Seleção Nacional para 2012, na Seletiva Fechada de Aracaju?
Natália: Foi um evento muito bom e eu fiquei muito contente com os resultados. Eu acho que, independentemente, do atleta ser jovem ou velho, nas regras atuais – com colete eletrônico, que exige um alto grau de combatividade até ao fim; com algumas punições caso não haja luta –, é premiado o atleta que treina e está bem preparado física e tecnicamente, pois se sobressai. Eu parabenizo os atletas que entraram, porque imagino o que eles devam ter treinado e que tenham feito o dever de casa. Isso é bom, porque para 2016 a minha geração estará encerrando a carreira, só um ou outro continuará. Acho que a gente precisa de novos atletas que já estejam treinando, se preparando e ganhando experiência para que em 2016 já estejam prontos.

CBTKD: E relativamente a 2012, quais são as suas expectativas?
Natália: Treinar muito! Treinar, treinar, treinar,... Trabalhar para conseguir conquistar os meus objetivos, os meus resultados e todas as coisas que eu sonho. Mas antes de qualquer realização, tem muito trabalho! Então, a única coisa que eu penso é no trabalho.

CBTKD: Mas você espera medalhar em Londres, certo?
Natália: Espero fazer o meu melhor. Eu sempre pautei a minha carreira com performance e não com resultado. O resultado é consequência. Se eu trabalhar, me dedicar, fizer tudo o que deve ser feito e deixar tudo lá na quadra, eu sei que as coisas vão acontecer. Eu, principalmente, penso em fazer o meu melhor, representar o meu país, fazer tudo aquilo que eu amo e, naquele tempo em que eu estiver ali, me divertir e fazer valer a pena tudo aquilo que eu treinei. O resto – medalha ou resultado - é consequência. Eu tenho os meus sonhos, mas por enquanto eles ficam guardados comigo, pois são o meu motor de motivação que me faz trabalhar.

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